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Palco de confrontos há décadas, Complexo da Maré passou por várias tentativas de pacificação sem sucesso
Notícia
Publicado em 12/06/2024

Mais de 140 mil pessoas que vivem nas 16 comunidades que fazem parte do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, convivem há décadas com confrontos frequentes entre bandidos e policiais. Na última terça-feira (11), uma operação da Polícia Militar no conjunto de favelas terminou com 3 mortos, sendo um policial do Bope, em mais um dia de caos na região.

 

Os confrontos aumentam assim como a lista de vítimas dessa guerra que atrapalha a vida de milhares de trabalhadores e estudantes que moram nas favelas do complexo.

Há nove meses, o Brasil teve acesso a imagens de criminosos de fuzil treinando em um centro comunitário na Maré. Nos vídeos, era possível ver instrutores ensinando grupos de 15 a 20 homens, todos armados com fuzis, fazendo exercícios militares e treinamentos semelhantes aos feitos pelas forças de segurança.

 

 

As imagens também revelaram crianças armadas e até uma metralhadora ponto cinquenta, capaz de derrubar um avião.

Operações diárias

 

Duas semanas depois, o Governo do Estado começou uma grande operação na região. No dia 09 de outubro, cerca de mil homens das polícias Civil e Militar foram para as comunidades dominadas pelo tráfico para cumprir 54 mandados de prisão.

No segundo dia de operação, as forças de segurança retomaram o clube usado pelos traficantes. Os agentes fizeram incursões quase que diárias durante mais de um mês.

 

 

No fim de novembro, o governo fez um balanço das ações: apesar dos 54 mandados de prisão, a polícia prendeu 12 pessoas. E somente 13 armas foram recuperadas.

Essa foi apenas mais uma das tentativas dos governantes para pacificar o conjunto de favelas dominado por facções criminosas. O saldo comum entre todas as promessas foi o mesmo: tiroteios e mortes.

 

 

 

 

 

 

 

fonte:g1

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