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A retomada do mercado editorial gaúcho
Publicado em 10/06/2024 06:20
Literatura

 

 

O pessoal está limpando os estoques para ver o tamanho do estrago e o que se salvou, mas além do que molhou, tem muita umidade depois de um mês inteiro. A gente sabe que livro úmido e mofado não dá”, conta Fernanda Scherer, editora da Piu e representante do Clube dos Editores do Rio Grande do Sul, entidade que une produtores de livros.

No final de maio, cerca de um mês depois das primeiras enchentes que devastaram o estado, editoras gaúchas começaram a contar, literalmente, o estrago. Nos cálculos do Clube dos Editores do RS, que tem 22 editoras associadas, o setor deve ter perdido mais de 50 mil exemplares. Pelo menos 25 editoras, sebos e 23 bibliotecas públicas foram afetadas.

 

A L&PM, por exemplo, anunciou que irá mudar o endereço da sede depois do local ser tomado pelas águas em Porto Alegre e perder cerca de 10 mil exemplares. Editoras menores, como a Artes e Ofícios e a Libretos, perderam a estrutura e praticamente todo estoque. 

 

“Agora o pessoal está pensando em começar a fazer impressão sob demanda, baixas tiragens, porque vai demorar para repor esses livros”, relata Scherer. “Sobre o imobiliário e materiais de trabalho, como computadores, ainda nem chegaram a fazer o levantamento completo.”

 

Outro problema, segundo a representante das editoras gaúchas, são as estradas bloqueadas. Nem mesmo a gigante Amazon consegue fazer entregas no estado, com regiões isoladas. Como o atendimento das transportadoras ainda não retomou completamente, quem tem estoque em outras cidades também não consegue continuar vendendo.

 

Apesar das informações ainda serem escassas, os próximos passos para a retomada do mercado editorial gaúcho, um dos mais relevantes do país, incluem uma feira de reconstrução, redução no valor dos livros e dos fretes para entrega, campanhas nas redes sociais com influenciadores e até pedido de isenção das taxas de inscrição de títulos do estado no Prêmio Jabuti, o principal do país. 

 

A Quatro Cinco Um reuniu orientações de como ajudar editoras, livrarias, sebos e bibliotecas gaúchas. Confira a seguir.

 

Compre de editoras gaúchas

 

Muitas editoras estão apostando nas vendas dos exemplares que não foram danificados pelas chuvas e os que já estavam nas livrarias em outras regiões do Brasil. É possível também comprar títulos em formato digital. Confira uma lista de editoras gaúchas: 

 

• Arquipélago Editorial @arquipelagoeditorial

 

• Artes e Ofícios @arteseoficios

 

• AVEC Editora @aveceditora

 

• CirKula @cirkula444

 

• Editora Edelbra @edelbraeditora

 

• BesouroBox(@editorabesourobox

 

• Editora Metamorfose @editorametamorfose

 

• Editora da PUCRS @edipucrs

 

• Editora Cassol @editoracassol

 

• Editora Concórdia @editoraconcordia

 

• Editora Coragem @editoracoragem

 

• Editora Dublinense @dublinense

 

• Editora Sulina @editorasulina

 

• Editora Piu @editorapiu

 

• Editora Projeto @projetoeditora

 

• Editora Zouk @editorazouk

 

• Artmed @artmedoficial

 

• Libretos Editora @libretoseditora

 

• L&PM Editores @lepmeditores

 

• Tomo Editorial @tomoeditorial

 

• Clube dos Editores do RS @clubedoseditoresrs

 

Divulgue campanhas nas redes

 

A tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul gerou um movimento de solidariedade nas redes. Diversas campanhas buscaram arrecadar doações e incentivar a compra de produtos gaúchos, como os livros. A rede Livraria da Travessa deu destaque para editoras do Rio Grande do Sul em suas unidades e no site. A campanha segue nas redes com a hashtag #EditorasGauchas e no perfil do Clube dos Editores do RS.

 

Apoie sebos e bibliotecas

 

Esses espaços culturais, fundamentais para a difusão da literatura nas comunidades, também foram afetados pelas águas. Alguns sebos e bibliotecas estão aceitando doações de livros ou contribuições via Pix. Confira uma lista: 

 

• Sebo Só Ler (@sebosolerpoa), doações na unidade da Senhor dos Passos

 

• Sebo Café Riachuelo (@_sebocaferiachuelo_), compras pela Estante Virtual ou na unidade Riachuelo

 

• Absurda Sebo (@absurda.sebo), compras pela Estante Virtual

 

• Biblioteca pública de Lajeado (@secel.lajeado), títulos infantojuvenis, quadrinhos, espiritismo, psicologia e autoajuda.

 

• Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães (@bpmjg)

 

Combine um prazo maior

 

Com estradas bloqueadas por todo o Rio Grande do Sul, mesmo as editoras que conseguiram continuar com as vendas não conseguiram fazer as entregas. Se a livraria estiver em uma área ainda inacessível ou com a operação interrompida, é preciso que o leitor aceite um prazo de entrega maior.

 

 

 

Fonte: quatrocincoum 

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