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Martinho da Vila é o poeta da 'vida tão real da quarta-feira' em antológico samba-enredo feito há 40 Carnavais
Entretenimento
Publicado em 16/02/2024

Compositor que modernizou o samba-enredo a partir da segunda metade dos anos 1960, com melodias e letras menos caudalosas, Martinho da Vila coleciona obras-primas do gênero em 86 anos de vida, festejados na segunda-feira, 12 de fevereiro.

 

Há 40 Carnavais, a escola de samba Unidos de Vila Isabel desfilou com um dos maiores sambas-enredos da obra do compositor fluminense e de toda a história do gênero, Pra tudo se acabar na quarta-feira, samba engenhoso, criado com melodia tão envolvente que Martinho abriu mão do refrão.

 

Joia da safra do Carnaval de 1984, Pra tudo se acabar na quarta-feira é samba apresentado em 1983 – nas vozes de Gera, Marcos Moran e Valcy, então intérpretes da Vila Isabel – no disco dos sambas-enredos do desfile do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro em 1984.

 

Nessa pérola, Martinho fala poeticamente da paixão com que os foliões constroem ao longo do ano, em mutirão, a ilusão do Carnaval. A mesma ilusão que alimenta a “quaresma colorida lá do morro” quando, finda a folia, se impõe a razão da “vida tão real da quarta-feira”.

 

Gravado pelo autor no álbum Martinho da Vila Isabel (1984), lançado há 40 anos, Pra tudo se acabar na quarta-feira foi regravado por Martinho da Vila na antologia Escolas de samba – Enredos – Vila Isabel (1993), com a participação de Gera, e nos álbuns Conexões (2003) – em dueto com a atriz Denise Fraga – e Enredo (2014).

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