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Acidente em Joinville
Notícia
Publicado em 30/01/2024
 
 

O ácido sulfônico, produto que vazou no Rio Seco em Joinville, causando a interrupção no abastecimento de água de 75% do município mais populoso de Santa Catarina, é um químico considerado tóxico e corrosivo. Uma espuma branca se formou ao longo do leito do rio na segunda-feira (29).

 

Segundo Daniele Legat Albino, gerente do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), o contato direto com o material pode causar desde queimaduras na pele a lesões oculares graves. A substância também é nociva por inalação e ingestão.

 

Por sua capacidade de tornar óleos mais solúveis, o ácido sulfônico costuma ser usado para produzir detergentes e produtos de limpeza em geral.SC-418, na Serra Dona Francisca, e pegar fogo na manhã de segunda-feira.

 

O motorista do caminhão ficou ferido. Conforme o Hospital Municipal São José de Joinville, em boletim das 19h13 de segunda, ele tinha quadro de saúde estável.

 

Perigos

A orientação da Defesa Civil é que as pessoas evitem contato com a área contaminada, já que "não há nenhum teor aceitável de ácido sulfônico na água".

 

Conforme nota da Gerência Regional de Saúde de Joinville, a substância é nociva por inalação, ingestão e pelo contato com olhos e pele:

 

Inalação: os gases ou vapores provocam irritação nas vias respiratórias.

Ingestão: pode causar queimaduras na boca, garganta e estômago.

Contato com os olhos: provoca lesões oculares graves, além de dor, lacrimejamento, vermelhidão.

Contato com a pele: provoca queimaduras graves.

Em caso de contato com o químico, é necessário procurar atendimento médico. Os primeiros socorros incluem:

 

 

Inalação: remover o paciente para local ventilado.

Contato com a pele: lavar a área afetada com água abundante e sabão neutro.

Contato com olhos: lavar a área afetada com água abundante.

Ingestão: não induzir vômito.

Por causa do incidente, o abastecimento na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Cubatão, que atende 34 bairros, foi fechado. A prefeitura decretou situação de emergência, e a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do derramamento.

 

Vazamento de ácido em rio deixa 75% dos moradores sem água em Joinville

Mercados prateleiras de água vazias após vazamento de ácido tóxico em rio de Joinville

 

 

Danos ao meio ambiente

Segundo o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), que acompanha o caso, ainda não há informações sobre a extensão da contaminação.

 

O professor de engenharia sanitária e ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no entanto, antecipa que o ácido sulfônico pode causar uma série de efeitos negativos ao meio ambiente.

 

"Para começar, ele é tóxico à vida aquática. Peixes, anfíbios, moluscos, organismos que vivem na água, vão sofrer porque essa substância altera as propriedades físico-químicas da água", explica.

 

A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do derramamento. Segundo a delegada Tânia Harada, o local já foi periciado e a empresa responsável pelo transporte, identificada.

 

A delegada informou que pedirá perícia também do caminhão. Eventuais irregularidades no transporte da carga serão apuradas.

 

Em nota, a Buschle & Lepper Distribuidora de Produtos Químicos informou que o caminhão transportava o ácido para a unidade de distribuição de Joinville.

 

Afirmou que está contribuindo na busca de soluções para os danos causados e "que está acompanhando a identificação das causas do acidente, as providências necessárias para mitigar os impactos socioambientais e a evolução 

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